19 de set. de 2010

"?"


Agora que não resta mais nada
apenas o som ensurdecedor do silêncio
um pranto ainda insiste, fraco e tímido
mas que se cala ao menor ruído distante

Uma melodia que se ouve apenas no pensamento
toca o fundo da alma, mesmo a mais inquieta
assim é o silêncio, suscinto, seguro e infinito.
adentrando por entre o frio e a penumbra

Nada mais sobrou, na mente e no peito
que um grito agudo de suplicio eterno
se esvaindo no vácuo e caindo no esquecimento
lembranças de um futuro incerto.

E em todo o lugar pode se ouvir o som
que incomoda os corações mais afoitos
e bebe do gosto dos prantos de tristeza
onde o amor se esconde e a solidão se torna mãe das dores

O Silêncio...

Um parceiro fiel, na Paz dos Monges
na agonia dos enfermos, na imensidão do deserto
no infinito das galáxias, no momento que antecede o fim da vida
uma sinfonia única, grandiosa e plena...Tudo se rende à sua magia, ao SILÊNCIO.

NAMASTË

ωαιι

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